Caderno de Atividades
Além da Lei
From: agostinhodearruda Views: 2
A PSICANÁLISE
Dioni Gonçalves Ferreira Mangela
Jone Dário Rodriguês da Cunha
Rosana Paula Agostinho
Wanderlita Pott
Yuri Tomaxek
A psicanálise foi inaugurada por Freud, esta que não é uma ciência e tão pouco uma mera prática médica, mas sim se constitui como uma terapia, e como reflexão da cultura. Os filósofos Freud e Lacan possuem um grande esforço para posicionar a psicanálise como um saber. Portanto o saber psicanalítico seria um tratamento de neuroses e um modo de compreender o desenvolver (texto Original Perez. D) das civilizações, e os produtos de sua cultura.Hoje a psicanálise clínica é um meio comum e universal. É aplicada no tratamento clínico, entendendo a cura de diversas formas. Lacan buscava explicar a psicanálise através da natureza, e através de gráficos matemáticos. Porém a psicanálise não pode e não é uma ciência da natureza, e não pode ser entendida como um modo matemático. Freud se preocupou em elaborar a noção de pulsões, este elemento agiria na desconstrução da relação de opinião entre corpo e mente. Tal dicotomia não sustenta a abordagem da psicanálise, pelo fato que não é possível colocar a psicanálise no interior de uma epistemologia pautada por uma dicotomia, senão apenas como um equívoco ou falsa ciência. Foi assim que Popper e seus seguidores procederam, questionando o que é a pulsão, que a mesma não se trata de instintos, nem de um fenômeno da consciência, e como é possível testar estas proposições da psicanálise?
Nisto Lacan, com seus estudos, gráficos e mitos sustenta a abordagem. Então a psicanálise se compreende como uma ética, experiência da relação do sujeito como o próprio sujeito, e com as barreiras que o separam um do outro. Neste sentido podemos tratar de uma ética do desejo, na posição de conseguir realizar um desejo. Embora Freud tenha recorrido à estratégia platônica de explicar algo com mitos, exemplo: Édipo onde mostra a estrutura que da conta e permite o funcionamento de fenômenos ou sintomáticas que encontram na clinica em Lévi-Strauss, o mito não e propriamente explicação, não é nada.
Em Lacan fica mais claro o conceito do que se entende por significado. O que o inconsciente não é nunca, e nunca foi o âmbito das trevas, o irracional, a caixa preta ou qualquer coisa que se possa reduzir a uma experiência mística, ou uma relação de oposição neutralizadora com a razão.A filosofia de Kant e Nietzsche marcou os limites da razão e reelaborou a noção de irracional, nesta história, Freud não sugeriu uma espécie de nu selvagem da razão, mas o funcionamento de outro mecanismo, com outro regime de causas que aquele suportando o registro de consciência ou da natureza.O inconsciente está estruturado com uma linguagem, dirá Lacan. Trata-se de entender uma lógica que aparece na superfície significante onde a negação, repetição e a contradição não são à exceção de erro, mas sim é material de trabalho.Newton conseguiu apresentar os movimentos dos planetas, assim Freud e Lacan apresentariam as possibilidades de entender as manifestações do inconsciente. Lacan recorre aos mitos e realiza relações com a linguagem e com auxílio que ela não alcança.A pergunta pelo DEVE não se resolve numa ética do dever, muito menos numa ética da prudência ou da utilidade. Em Lacan podemos ver o alcance e o limite que aparece em Kant, em Aristóteles e no utilitarismo. Em todos esses modos de agir, alcançamos um bem, em definitivo: uma coisa. Lacan esclarece que qualquer coisa, condição ou possibilidade de qualquer coisa ou bem da realidade do sujeito. Algo se organiza em torno de um vazio, o próximo estranho, o primeiro exterior, anterior a todo recalque, afeto primário fora-do-significado, o perdido e nunca perdido é impossível de retornar, mas todo seu encaminhamento e orientação são para reencontrar a Coisa. “Em suma, a coisa é o que do modo real padece dessa relação fundamental, inicial, que induz o homem nas vias do significante, pelo fato mesmo de ele ser submetido ao que Freud chama de princípio de prazer”(Lacan, Seminário 7, 1959-60 R.J. Zohar .Editores p 168) O principio de prazer guia o homem de significante em significante, mas a coisa não é significante. Refere-se à morte, é o pulo para fora do simbólico.Kant, nada garante sobre a felicidade nem mesmo uma ética dos bens. O que busca é algo além do dever, dos bens e da lei. Uma culta transgressão do desejo, certa função estética do erotismo, presente em Lacan e Freud.“Se isto é aceitável, então aparentemente temos um paradoxo: na medida em que ficamos para aquém da lei e dos deveres que superou, estamos retidos nas vias do nosso desejo, mas na medida em que o desejo esta para além da lei, o risco de nos encontrarmos com o nada é inevitável.Eis a questão da cura, de uma cura das ilusões que retém o paciente em relação ao seu desejo.”(Lacan, Seminário 7, 1959-60.R.J> Zahar Editores p 267) Em Lacan á vários pontos de trabalho, entre eles, o desejo do analista, sobre o desejo de cura do analista, das noções de sublimação e sadismo.Se a analise não procura um bem último, também não procura um mal.Não trata de cumpri uma promessa de felicidade nem de tristeza. O analista deve se abster de dar exemplos. A ética do desejo é uma ética sem moldes. Uma abertura para aquilo que não fecha. Certamente, o para além da lei exige ou demanda de uma retórica, um erotismo na experiência da ética.A sublimação não são apenas recalques, mas um desejo que vem ocupar o lugar da Coisa, bem estar.O vazio é o principio de sublimação. O sadismo, o sádico nega que o gozo seja possível, e aí em frente se confundindo com o próprio objetivo. No final o sádico em última analise é o objeto.Assim se o dever seria um recalque ou pelo menos o controle dos impulsos do desejo - pela obediência da lei o gozo sádico não seria propriamente um para-além-da-lei, uma transgressão da lei de que é possível alcançar o gozo que a lei, a outra lei, proíbe, na tentativa de regular, de determinar as relações entre os sujeitos. No Sádico, trata-se sobre a desmentida da lei, da renegação da castração simbólica, que dirige a pulsão (sado masoquista) para uma tentativa de satisfação que retoma no modo invertido. Um exemplo é Marques de Sade, que vai além da lei, seu desejo vai além da donzela representada como significante. Marques goza pelo movimento pulsional que o leva para as instituições de disciplinamento.Neste sentido o que fica é a articulação significante no simbólico e no imaginário por meio do mecanismo da sublimação de colocar alguma coisa como Coisa, de ficar no prazer, para além da lei, para aquém goza.
Sobre o texto responda:
1- Qual o sentido da palavra ética, na psicanálise?
R: ________________________________________________________
________________________________________________________2- Qual o papel da psicanálise na filosofia?R: ________________________________________________________________________________________________________________3- O que a psicanálise entende por coisa. Explique?R: ________________________________________________________________________________________________________________Complete a frase de acordo com o texto acima:A psicanálise trabalha à experiência _ _ _ _ _ _ _ _ , e a experiência de seus desejos.A psicanálise tem mais haver com os _ _ _ _ _ _ _ _ . A terapia trabalha o _ _ _ _ _ __ _ e critica o desenvolvimento humano._ _ _ _ _ _ _ _ _ _ desenvolveu a psicanálise e _ _ _ _ _ _ _ _ _ continuo seu estudo.Escreva um texto sobre a questão da ética dentro da psicanálise, baseado no filme “A psicanálise: lei, ética e desejo” (titulo a confirmar)
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Caça palavras:Encontre no quadrado a baixo as palavras que estão em negrito no texto e de com o auxilio do dicionário, de o significado e escreva um texto utilizando estes conceitos (palavras).A psicanálise não é uma medicina, não é um conceito, é uma terapia reflexiva de uma cultura.Quem deu inicio a psicanálise foi Freud, quem continuou os estudos foi seu aluno e filosofo Lacan. A psicanálise trata sobre vários pontos filosóficos, dentre eles a ética, a lei, que produz o desejo que preenche a falta de alguma coisa.
Indicações de livros:
Freud na Filosofia BrasileiraOrgs: Leopoldo Fulgencio e Richard Theissen Simanke Editora Escuta, 2005. Artigos de Bento Prado Jr., Ernildo Stein, Luiz Roberto Monzani, Osmyr Faria Gabbi Jr., e Zeljko Loparic acerca de Freud e da teoria psicanalítica em geral, que tipificam as linhas de pesquisas dos pensadores que iniciaram a filosofia da psicanálise no Brasil.Notas a Projeto de uma PsicologiaAutor: Osmyr Faria Gabbi Jr. Editora Imago, 2003. Tradução e notas à obra seminal e não publicada de Freud, Projeto de uma psicologia científica, de 1895, que revela as fontes filosóficas da futura metapsicologia da Interpretação dos Sonhos. Esta cuidadosa investigação conceitual pretende demonstrar como a teoria freudiana é tributária, na origem, da psicologia empírica de John Stuart Mill. O livro elucida, entre outras coisas, a relação entre o aspecto econômico dos processos psíquicos e a proposta de uma análise baseada na palavra, esclarece por que a essência do método psicanalítico consiste em dar palavra ao afeto, demonstra a teoria da linguagem de Freud e o mecanismo responsável pela produção de símbolos nas neuroses de defesa.Natureza Humana Revista de Filosofia e Práticas Psicoterápicas PUC - SPEste periódico publica trabalhos especializados sobre questões relacionadas à fundamentação das teorias e das práticas psicoterápicas e, em particular, as psicanalíticas. As obras de Martin Heidegger e Donald W. Winnicott são tomadas como pontos de referência centrais, mas não exclusivos. A escolha de Heidegger e Winnicott não significa qualquer tentativa de estabelecer uma nova ortodoxia ou, menos ainda, uma nova seita. Pretende-se, isso sim, favorecer o surgimento de uma nova tradição de pesquisa que se aplique a resolver problemas ainda abertos, quer filosóficos, quer científicos.Fundamentos da Psicanálise Pensamento, Linguagem, Realidade e Angústia.Organizador: Osmyr Faria Gabbi Jr. Editora Unicamp - Coleção CLE, 1999. Coleção de quatro ensaios que oferecem aos seus leitores uma pequena amostra de uma forma de trabalhar a obra de Freud, desenvolvida num certo período na Universidade de São Paulo e na Universidade Estadual de Campinas, em programas de pós-graduação em filosofia. Os autores são: Osmyr Faria Gabbi Jr., Cláudio E. M. Banzato, Pedro L. R. de Santi, e Alessandra Caneppele.A Teoria do Amadurecimento de D. W. WinnicottAutora: Elsa Oliveira Dias. Editora Imago, 2003. Embora Winnicott tenha sempre insistido no caráter central da teoria do amadurecimento, ele não chegou a fazer dela uma apresentação sistemática ou organizada. O único livro que mais claramente oferece uma apresentação global do processo de amadurecimento é Natureza humana (1988), que permaneceu inacabado. Com exceção deste, concebido para ser uma obra, os livros de Winnicott são coletâneas de artigos avulsos, escritos originalmente como conferências para diferentes platéias. Tudo isso tornou difícil a apreensão da unidade de seu pensamento. O objetivo desse livro é apresentar, de maneira unitária e organizada, os principais elementos conceituais da teoria do amadurecimento, explicitando seus pressupostos e descrevendo os estágios do processo, com suas respectivas tarefas e conquistas.
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