domingo, 30 de março de 2008

From: agostinhodearruda
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Added: March 27, 2008
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Added: March 27, 2008
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Filosofia Kant Loucura

sexta-feira, 28 de março de 2008

Roteiro do filme

Roteiro do filme:


Tema:
Conceitos que implicam a “Moral”.

Roteiro:
O tema abordado irá servir de referencial para uma análise da compreensão das diversas opiniões da sociedade, que implicam na moral.
O vídeo tem como propósito definir os conceitos abordados perante a sociedade, e qual o seu verdadeiro significado.

Estrutura:
O filme esta dividido em cinco capítulos, cada capitula compõe-se de temas diferentes, como:
• Educação
• Ética
• Justiça
• Liberdade
• Solidariedade
Cada tema será composto por entrevistas, será dado a definição do tema de modo geral , um esclarecimento específico, realizado por um profissional da área , com o propósito de compreender o verdadeiro significado e utilidade do tema no meio em que vivemos.

4- Produção:
O filme será composto por varias entrevistas, depoimentos, imagens reais, e imagens coletadas de diferentes meios (urbanos, rurais, montagens, desenhos, etc.). Será produzido pelos alunos de Filosofia da PUCPR :Dioni, Jone, Rosana Paula, Yuri e Wanderlita.

5- Proposta do livro didático:
O filme tem o propósito de incentivar o telespectador a refletir sobre os conceitos dos temas apresentados no filme , esclarecer possíveis duvidas e incentivar o senso crítico do telespectador sobre os temas, criando perguntas e buscando respostas

Comentário sobre a reflexão de Marcelo sala a respeito da introdução do texto "Os filósofos, os terapeutas e a cura"

Comentário sobre a reflexão de Marcelosala a respeito da introdução do texto “Os filósofos,os terapeutas e a cura”

O presente comentário diz respeito á reflexão que o aluno de filosofia Marcelo fez sobre a introdução do texto intitulado Os filósofos, os terapeutas e a cura. A reflexão de nosso referido discente está coerente naquilo que o texto aborda e muito bem organizada na estrutura das idéias em cadeamento. Ele apresenta uma introdução seguida de desenvolvimento e conclusão.
Porém, como todo texto de filosofia sempre nos interpela para as nossas subjetividades mais inquietantes, o aluno Marcelo mostrou-se um tanto quanto afastado dessas inquietações, talvez por medo de não entrar em contradição com aquilo que o texto apresentava, poderia ter sido mais enriquecedor se o mesmo não tivesse esse medo de arriscar-se e em se tratando de Filosofia, vemos que muitos filósofos não tiveram medo de arriscar em suas reflexões, por mais que isso trouxesse algumas dores de cabeça daquelas que, por exemplo, Kant se queixava, como ele demonstra ao escrever para seu amigo Marcus.
Em suma, o nosso aluno Marcelo, apresentou uma reflexão coerente e objetiva na estrutura das idéias, mas, um pouco satisfatória em suas conclusões e reflexões mais subjetivas e ousadas.

Texto: Filósofos, Os terapeutas e a Cura

TEXTO: Filósofos, Os Terapeutas e a Cura
Grupo: Homero Produções
Componentes:Dioni, Yuri, Rosana Agostinho, Wanderlita, Jone Dário
.

Organizado pelo Dr. Daniel Omar Perez, atualmente professor da PUC, o livro foi publicado pela editora Escuta (1º Ed.2007), vem abordar a questão da cura por meio de uma terapia filosófica. Há 2500anos os filósofos no exercício do pensamento e reflexão, buscavam se recriar a si mesmo como figuras singulares, no propósito de renovarem suas energias ao mesmo tempo registraram os usos das mais variadas medicinas contra uma série de males, como por exemplo, a depressão, a angústia, a impotência com objetivo de alcançar o prazer, a felicidade e o autocontrole. No entanto, vemos que no decorrer da história a palavra filosofia sempre ou quase sempre esteve ligada a imagem do professor que se debruça sobre os livros e é adepto das bibliotecas, constituindo assim o seu universo de leituras e buscando inúmeros questionamentos a respeito da vida e da existência.
Nessa dimensão cronológica da história podemos perceber os inúmeros estilos de Filósofos que a própria Filosofia já produziu: Jean-Paul Sartre,o revolucionário, Santo Agostinho, o contemplativo, Martin Heidegger, o conservador, Immanuel Kant, o extemporâneo, Karl Marx, o profético e Nietzsche, o iconoclasta - o destruidor e crítico da Moral. Tendo por base alguns desses estilos filosóficos, percebemos que o filósofo em sua constante busca de si mesmo, nunca abandonou o ofício de artesão da sua própria existência, de artífice de sua vida e terapeuta de si mesmo. E dentro dessa perspectiva a prática da filosofia, antecedendo o exercício do comentador, ela define-se como a criação de um modo de ser e sua pedagogia consistia em propiciar as condições da descoberta do próprio caminho em vez de indicar qual seria o resultado correto para cada ação.
Para alcançar a cura, alguns modelos nos são apresentados através da filosofia e eles são de grande significado e importância: Temos Pitágoras o pai da matemática e o criador de uma “pedagogia terapêutica”, o estilo pitagórico consistia em fazer exercícios físicos e espirituais. Os cínicos se destacavam por levarem uma vida sem protocolos, voltada para si mesmos e sua marca consistia na autenticidade e na prática da ataraxia- exercício para alcançar um estado de placidez, tranqüilidade, em suma, nos cínicos a sua cura estava em viver uma vida de cachorro sem dono, que come aqui, dormi ali e late quando se sente ameaçado para se defender. Outro estilo de cura encontramos em Hipócrates, o pai da medicina que declarava existir dois tipos de tratamento: uma para os escravos,a medicina reparatória e a dos homens livres,a medicina preventiva. Em Epicuro temos outra fonte de cura e esse estilo de vida estava baseado na diminuição da dor, pois, eliminar o sofrimento da vida era inviável e o tratamento estava voltado a via da verdade. Os cristãos e judeus, representam outro estilo de cura que baseava-se na renúncia da vida mundana para alcançar a cura eterna e sua medicina cuidava não apenas do corpo, mas, da psique, nesta residia as mais terríveis doenças difíceis de curar. Em Rosseau, encontramos outro estilo de cura e este nos propõe a retomada da máxima “conhece-te a ti mesmo”, mostrando aqui o paradoxo que á medida e á força de estudar o homem torna-se sempre mais incapaz de conhecê-lo, para ele a maneira simples, uniforme e solitária de viver está prescrita pela natureza e concebe a medicina como um saber útil para os nossos sentidos. Vemos, portanto que em todas essas abordagens compreendemos que o exercício filosófico está pautado por uma ética não só medicinal, mas essencialmente, filosófica.
















Comentário: Filme "Filhos da Esperança"

Comentário: Filme “Filhos da Esperança” (Children of Man)

O Filme “Filhos da Esperança” é um drama que nos apresenta a trajetória do personagem Théo Faron, seqüestrado pela sua ex-mulher Júlia, líder de um grupo denominado Peixes, têm como missão proteger uma mulher negra e grávida, esta representa a esperança de uma perspectiva de vida na Inglaterra um país que está em ruínas, cujo governo mantém um projeto de morte combatendo a fertilidade das mulheres.A mulher negra que está grávida rompe uma escassez de nascituros de dezoito anos e ao mesmo tempo representa uma ameaça ao imponente projeto do governo que substimava-se por meio de suas manipulações científicas- a infertilidade- a prova de que nenhuma mulher engravidaria.
Para proteger essa mulher o personagem Théo Faron conta com a ajuda de seu amigo Jasper, o qual lhe oferece abrigo e estadia até o momento preciso de atravessar a fronteira juntamente com a mulher garantindo a proteção sua e da criança que nasce num abrigo, sendo esta criança uma menina. O Filme “Filhos da Esperança”, nos traz e aborda algumas temáticas de grande relevância, como por exemplo, a questão da infertilidade das mulheres, a forma cruel e desumana que a Inglaterra trata aos imigrantes ilegais, como verdadeiras manadas, a figura sublime da mulher e nesse caso uma mulher negra e grávida e a ética que diz respeito á defesa da vida - a mulher e a criança.
Tendo em vista algumas dessas temáticas, podemos abordar como questão filosófica de grande envergadura o tema da Ética, dentro de uma óptica que têm como leitura de pano de fundo do próprio filme, a defesa da vida. A Ética sobressai entre tantos como um dos temas de maior relevância que a Filosofia permeou no decorrer de sua história, desde os gregos até a época atual, ela tem sido tema de inúmeros Seminários e Congressos, Teses de Mestrado e Doutorado em seus mais invariáveis enfoques: humanos, políticos, sociais, ambientais, místicos, metafísicos e muito mais.
Quantos Filósofos e Pensadores dedicaram toda uma vida analisando, argumentando e estudando a Ética, defendendo ou atacando, nas suas infatigáveis linhas de pensamentos, citamos, por exemplo, dois desses grandes Filósofos: Kant e a suas grandes obras a Crítica da Razão Pura e Crítica da Razão Prática e Nietzsche com a sua monumental obra A Genealogia da Moral. Ambos deram uma enorme contribuição ao desenvolvimento do pensamento filosófico ocidental que marca até os nossos dias seus respectivos pensamentos a respeito da Ética e da Moral. Poderíamos citar inúmeros Filósofos, porém, nos detivemos em Kant e Nietzsche, pois, invariavelmente qual seja a linha de pensamento que a pessoa trabalhará em sua reflexão a respeito da Moral ou da Ética e sendo um estudo rigoroso, sério, pesquisado e espinhoso, não tem como ler Kant ou Nietzsche, pois, necessariamente passará por eles.
Portanto, vemos que á partir da análise do filme, podemos tirar temas e questões que nos levam em direção ao mapeamento filosófico das questões mais profundas que a história já conheceu.




















segunda-feira, 17 de março de 2008

Filme " A Odisséia" - Comentário




O Helenismo inicial buscou sua fonte espiritual predominantemente nos poemas homéricos, "Ilíada e Odisséia", neles Homérico, que junto com Hesíodo, representam o suporte poético da Filosofia, nos traça com detalhes a trajetória do homem na sua relação com os deuses em busca de seu destino. No Filme "A Odisséia", temos a trajetória de Odisseu, o valente guerreiro que lutando ao lado de Aquiles, vai persistentemente tentar chegar ao seu objetivo, encontrar sua mulher Penélope e seu filho na terra de Itaca. A arte do poeta que não se limita a narra numa sequência de fatos aprofundando suas causas e suas razões, mesmo que esteja ao nível mítico-fantástico, é bem presente nos poemas homéricos, na "Odisséia" encontramos essa realidade. Para se chegar ao seu destino o personagem central Odisseu enfrenta inúmeras situações e nelas tentar encontrar o sentido de seu itinerário, assim ao longo da história a Filosofia, com toda a contribuição dos pensamentos dos Filósofos, mostra que para se alcançar a uma determinada verdade, é preciso que o próprio homem supere seus limites e fraquezas, no entanto essa superação, não deve ser confundida com auto-suficiência e arrogância, presente em Odisseu que não mede seus limites, poís, mostrando-se como um homem arrogante desafia seus deuses, estes que na mitologia grega têm a função de reger a vida dos humanos. Odisseu segue suas próprias vontades, sozinho, poís ao contrário de Tróia, não dispõe de um enorme exército, conta apenas com um pequeno grupo de homens que o seguem e o ajudam a chegar ao seu destino e ao longo de toda jornada lutando com monstros, conhecendo lugares sinistros como grutas, penhascos, ilhas e algumas ilhas repleta de belas mulheres que o seduzem para satisfazer seus caprichos, mesmo que para chegar ao seu objetivo, a terra de Itaca, Odisseu tenha que entregar-se as volúpias dessas mulheres, ele assim o faz, mas com a certeza de um dia rever sua mulher e seu filho que os esperam e assim sozinho o nosso personagem itinerante completa a sua jornada. Ricos em imaginação, situações e acontecimentos fantásticos, os poemas homéricos estão estruturados em sua dimensão mitológica num sentido de harmonia, de proporção, de limite, de fantasia, de encantamento, de origem da coisas e de medida, todos esses elementos que a Filosofia elevaria á categoria de princípios ontológicos, os quais percorreram ao longo de todo pensamento ocidental marcada pelos Filósofos nos seus escritos e em suas obras. Os poemas homéricos retratam através de seu Poeta a afirmação da verdade, ao contrário do Filósofo que argumenta sobre algo, o poeta diz o mundo e isso foi marcadamente presente na "Odisséia".

Filme "Tróia" - Comentário




O Filme "Tróia", desde do seu lançamento têm sido comentado pelos críticos de cinema como um dos mais belos épicos dos últimos tempos, tanto pela sua história - confronto de gregos e troianos - como pela performance de seus atores e diretores, mas o importante aqui em nosso comentário é analisarmos filosoficamente seu conteúdo e sua história. No Filme "Tróia" percebemos a peculiaridade a qual se aborda a respeito do confronto entre gregos e troianos, e a trajetória de seu personagem central Aquiles. Em sua história-épica, vemos apresentar a realidade na sua mais estreita inteireza de forma mítica: deuses e homens, céu e terra, guerra e paz, bem e mal, alegria e dor, vida e morte, vitória e derrota, temos aqui nesta dualidade a totalidade dos valores que regem a vida do homem, para isso, pensemos por exemplo no escudo de Aquiles, que no sentido emblemático representava "todas as coisas". Assim W. Jaeger escreve " A realidade apresentada em sua totalidade, o pensamento filosófico a retrata em forma racional e já a épica a retrata na sua forma mítica." A Guerra entre Gregos e Troianos representa a supremacia de uma Nação sobre a outra motivada, inicialmente pela paixão inconsequente de um homem, Paris, irmão de Heitor, príncipe de Tróia, que sem escrúpulos desposa a mulher de Menelau, Helena. Aquiles, tido como o maior guerreiro de seu povo, demonstra em sua performance, a força da guerra de combater e tomar Tróia, a qual se considerava invencível, mas que se deixou enganar pelo clássico "presente de grego". Em Aquiles, temos a figura e o retrato do homem que não teme a morte e nem o castigo dos deuses, poís, mostra-se dono de seu próprio destino e de suas vontades: mata homens e oráculos que se metem em seu caminho, profana templos e rouba tesouros-ofertas dos homens aos deuses - ; enfrenta e mata seu maior inimigo, Heitor, que no enfrentamento em uma batalha elimina o primo de Aquiles pensando que fosse o próprio, desposa com sacerdotizas, Briseis, sacerdotiza de Apolo, seu grande amor. Destacamos aqui um dos temas clássico da filosofia grega que irá transcorrer ao longo de toda a sua história, a posição do homem como "centro do universo". A Guerra entre Gregos e Troianos, por mais que fosse motivada por uma paixão volúpia de um homem por uma mulher, o que a sustenta na veracidade dos fatos é a ostentação, a ambição e a força ligada á centralidade do poder político-militar de uma Nação. Para os Troianos três motivos fortes eram suficientes para uma guerra: defender o país, honrar os deuses e amar as esposas. Heitor, príncipe de Tróia, era consciente dessa realidade, tanto que ao enfrentar Aquiles e sabendo que iria morrer, deixa seu irmão como seu sucessor, um dado importante é a clemência do pai de Heitor ao pedir a Aquiles que enterre seu filho com honras de méritos, é bastante significativo para o povo troiano em honrar seus guerreiros nobres e valentes, aqueles que tombaram sua vida pela defesa de seu povo e de sua Nação. A Saga épica-histórica é rica nesses detalhes, quando percebemos as razões das coisas e nos faz mergulhar aos temas que a Filosofia irá trabalhar e desenvolver no percurso de sua história: a busca da "causa", do "princípio", do "porquê" último das coisas. A Guerra entre Gregos e Troianos e a sua personagem central, Aquiles, nos permite analisarmos filosoficamente o sentido existencial do homem e a sua busca incessante do poder, da conquista e do prazer.

O Nascimento Filosofia


A Filosofia nasce com o modo como o filósofo absorve, conceitua, analisa, explica e argumenta a respeito da Verdade, ela constitui-se como um fator vital e necessário baseado em sua justificação como Ciência e poderíamos questionar porquê como Ciência? Ela é Ciência porque o conhecimento das coisas pelas causas primeiras, poís, para explicar plenamente a realidade, deve-se transcender a experiência para poder chegar até ás causas primeiras da coisas. Outra premissa que constitui o nascimento da Filosofia é que ela irá se ocupar, tendo como interlocutores, os filósofos, em "resolver o problema da vida", mas o que ela pretende é redefinir os problemas e três são os problemas básicos inerentes ao seu nascimento: o problema gnosiológico, do conhecimento, ainda que é necessário nos certificarmos de nossas capacidades cognoscitivas; o problema metafísico, cuja solução consiste na penetração integral do ser em suas distinções fundamentais - Deus, alma, homem e mundo- e um terceiro problema o da moral, o qual se refere com base na metafísica, reveladora da essência das ações do homem na relação consigo mesmo, com os outros e com o mundo. O desenvolvimento de seu nascimento podemos abordar em quatro grandes períodos.O primeiro período denomina-se substancialmente de período naturalista, poís, afonte de especulação dos filósofos esta voltada para o mundo exterior e esse mundo exterior, onde sejulga achar o princípio unitário de todas as coisas, podemos datá-la ao século VI a.C.terminando dois séculos depois, seu surgimento propriamente dito surge fora da Grécia, nas florescentes colônias gregas da Ásia Menor(Jônia) e da Magna Grécia. A primeira expressão do período naturalista é a escola jônica a qual floresceu em Mileto durante o século VI, seu fundador é Táles de Mileto. No século IV as peças de Sófocles, Édipo e Antígona nos trazem o mapeamento do terreno filosófico e no século VIII temos os poemas homéricos, Hesíodo, outro poeta, surgirá dois séculos antes séc. VI com sua obras aTeogonia e Os Trabalhos e os dias. Tanto Homero como Hesíodo são os maiores representantes da filosofia poética. Outros grandes filósofos surgiram nesse primeiro período: Anaximandro, Pitágoras, Heráclito, Empédocles, Parmenides e Demócrito. O segundo período que marca o seu nascimento é o príodo chamado sistemático, é nesse período que se realiza a grande e lógica sistematização do pensamento grego, tendo como os maiores pensadores os filósofos Platão e Aristóteles, seus pensamentos e obras influenciaram toda a cultura filosófica ocidental. Nesse período temos também os Sofistas os quais se tornaram mestres de eloquência, e tinham como centro a cidade de Atenas, os grandes representantes são: Protágoras, Górgias, Hípias e Pródicos. E junto aos Sofistas temos os Cínicos que se tornaram conhecidos como os filósofos "cachorros", que significa aqueles que quer se curar se aproximam da verdade. O terceiro período marcante no nascimento da filosofia, abrange os três séculos que irão da morte de Aristóteles até o início da era moderna. Esse período denomina-se como o período ético, porque o interesse da filosofia está voltado para os problemas morais, três grandes correntes filosóficas surgiram nesse período as escolas estóica, epicurista e a cética, cada uma delas tentará mostrar a forma com que o homem deve a proveitar a sua vida sem culpa, nesse período temos a figura de Marco Aurélio, o grande imperador romano, que se destacou pelas ações que fez e entre essas ações uma de maior repercussão é a Arena, local que ele se divertia ao ver as pessoas devoradas pelos famintos leões. E um quarto período marcante no nascimento da filosofia podemos denominá-lo como período religioso, poís, o espírito humano procura a solução integral do problema da vida e do mal na religião, este período também chamado de Medieval, surgirá a grande figura de Agostinho, esse eminente filósofo que contribuirá enormemente com o seu pensamento e as suas obras, nesse período temos a Patrística, o aparecimento dos grandes Padres da Igreja, juntamente com a suas obras e pensamentos, o fortalecimento do pensamento da Igreja é emergente nesse período.

Filme O GLADIADOR - Comentário


O Filme "Gladiador" temos a trajetória do General Máximus frente a sua tropa vencedora de batalhas, um homem que apresenta coragem, determinação, força, garra, mando de líder e acima de tudo um profundo respeito pelo seu imperador Marco Aurélio, este, um homem íntegro, cauteloso que sabe reconhecer em Máximus, a pessoa ideal para substituí-lo frente ao governo de Roma. No entanto, em contrapartida temos os filhos de Marco Aurélio, Contos e sua desejável irmã, por quem Contos sente uma paixão doentia e um amor incestuoso. O Poder, a inveja e a ambição de conquistar tudo e passar por cima de todos, para alcançar o governo de Roma, faz de Contos um homem sem escrúpulos, sem ética, sem piedade: assassinar o próprio pai, outorgar o título de imperador, mandar matar a família de Máximus, por que este se recusa obedecê-lo e reconhcê-lo como seu único soberano, constitue toda a forma de um poder centralizador e sanguinário. A coragem e a fortaleza de um homem que ao perder sua família assassinada, ser capturado como escravo para travar lutas sangrentas em prol de sua sobrevivência e persistir em sua jornada até alcançar o seu objetivo final: devolver Roma ao povo, cumprindo assim o pedido de seu imperador Marco Aurélio e vingar a morte de sua família; Máximus é este homem que de general-escravo-general, mesmo de um pequeno grupo de homens escravos como ele, é aclamado pelo povo como o "Espanhol", o faz ser tão mais reconhecido do que o próprio Contos. Temos no imperador Marco Aurélio e em Máximus duas justas posições quanto a situação de devolver Roma ao povo: em um, no imperador a preocupação de achar o que os líderes do senado e todo o povo pensarão de sua decisão e no outro em Máximus que não se preocupa o que os demais irão pensar, para este o que importa é devolver uma Roma livre e limpa de toda escória, de toda sujeira para o seu povo, uma Roma que não tenha tiranos para comprar-lhes sua liberdade com "pão e circo" e assim dar o seu golpe fatal, anestesiando este mesmo povo de sua realidade sofrida e pobre. Aqui encontramos no governo de Contos, há mais de dois mil anos antes de Cristo, uma problemática filosófica que até os nossos dias é bastante presente: A política do "pão e circo". Diante daquela realidade, em que um imperador como Contos usava de sua política suja e sangrenta para anestesiar todo o povo com jogos, lutas tendo como objetivo o reconhecimento deste povo em aclamá-lo rei e imperador e assim explorar aquelas pessoas em seu último grau de dignidade. Hoje século XXI, essa mesma problemática nos faz refletir filosoficamente que ainda é bem presente a política do "pão e circo", basta vermos, por exemplo, nos anos de eleição presidencial e copa do mundo, milhões de pessoas seduzidas por este espetáculo que não dura ao menos de um mês, anestesiadas, enquanto ficam inebriadas, os políticos por trás executam manobras ilícitas, roubam, enganam, mentem, aumentam envergonhadamente os preços de seus auto salários, a impunidade que só funciona para quem têm dinheiro em subornar e comprar a "justiça".... e assim vão explorando a dignidade deste povo sofrido e trabalhador.Quantos "Máximus" precisaríamos para devolver a este povo um país livre e limpo de toda escória e espúria que ainda existe, quantos "Contos" que temos aí governando em muitos locais... O Filme "Gladiador" é uma porta que nos possibilita estas e outras reflexões filosóficas, poderia pontuar mais algumas, porém, além de analisar o filme em seu contexto histórico-filosófico, pensei partindo da política do "pão e circo", abranger essa discurssão que é polêmica e real para os nossos dias.

Comentário - teatro: Édipo Rei

A tragédia escrita pelo dramaturgo grego Sófocles " Édipo rei" têm sua continuidade em "Antígona". Édipo, filho de Laio e de Jocasta, é o herdeiro da maldição que assolava os Labdácias, abandonado no seu nascimento no Monte Citerão, poís, Apolo predisse a seu pai que se este gerasse um filho, o mesmo o mataria. Encarregado de executar esta missão, o criado, perfura-lhe os pés com um gancho de forma para assim suspender o menino em uma árvore, esse acontecimento explica o fato pelo qual, que sendo encontrado por alguns dos pastores, é chamado de Édipo, significando "pés inchados". Sendo levado ao rei de Corinto, Pólido, que o adotou como filho, por este não ter tido filhos, o jovem Édipo ao ser interpelado numa festa em que participava como filho postiço resolveu consultar o oráculo de Delfos para assim descobrir sua origem. No entanto, não obtendo resposta precisa Édipo defrontou-se com uma dramática e aterrorizante revelação: ele não somente mataria o pai, mas desposaria com a própria mãe. Para todos aqueles que já tiveram a opotunidade de ler a obra de Sófocles, sabe muito bem os acontecimentos que se desenrolarão ao longo do texto, até o seu desfecho. A obra deste Filósofo nos proporciona analisarmos seu contexto fazendo uma hermenêutica filosófica para a nossa realidade, a sina de um homem em descobrir sua terrível maldição, nos leva a pensarmos o quanto o desejo de impor algo é inerente em nossas vidas e o quanto ele é prejudicial quando está sintonizado com o poder e a paixão. Édipo, mostrasse corajoso quando enfrenta e mata, sem saber, seu pai Laio a caminho de Tebas, decifra a pergunta da Esfinge e como prêmio torna-se rei de Tebas e casa-se, sem saber que seria sua mãe, com Jocasta. A sua imposição como rei e soberano nos leva a refletir filosoficamente todo um resgate do poder do homem, propriamente dito, acima das pessoas e o quanto a fragilidade é susceptível ao ser humano quando o poder lhe foge das mãos e ele não têm onde mais sustentar-se. A história humana está permeada por esta centralidade do homem e o seu desejo de poder e paixão, basta vermos os folhetins de novelas, filmes, poesias, épicos, dramaturgias...sempre ou quase sempre teremos um homem fechado em seu poder acompanhado pela sua grande e intrepidante paixão, a mulher, que muitas vezes foi vítima deste poder masculino-opressor. Hoje mais do que nunca a questão filosófica, do poder do homem, é emergente quando tratamos do patriarcalismo presente em muitas civilizações e presente também em nossa sociedade. É preciso termos uma análise crítica e consciente dessa realidade, trazermos a obra de Sófocles para os nossos dias e o que de importante podemos extraí-lo para as nossas vidas e nossa formação, não analisarmos somente numa óptica psicanalista, como já foi bastante e demasiadamente analisada em todo este tempo.

Comentário- teatro: Antígona


Em Antígona, temos a tragetória que se remonta aos filhos homens de Édipo, Etéocles e Polinice que morrem em batalha no mesmo dia, um contra o outro na cidade de Tebas a qual passa a ser governada pelo rei Creonte cunhado de Édipo. O rei Creonte manda enterrar com todas as honras a Etéocles, no entanto, lança um edito para que Polinices não tenha um enterro digno de honra, por este ter sido um traidor. Porém, Antígona, irmã dos irmãos falecidos, desobedece ao edito do rei e presta as devidas honras fúnebres ao morto, com esta sua atitude audaz e corajosa é condenada á morte. Esta célebre obra do Filósofo grego Sófocles, nos leva a um debate e reflexão filosóficos no que diz respeito ao cumprimento de uma lei estatal, a coragem de uma mulher que fiel a sua lei moral e ao preceito religioso de seus deuses que mandava prestar homenagens fúnebres aos parentes mortos, transgride a lei estatal, mesmo sabendo que esta sua atitude a levaria a condenação á morte, como mostra nas suas próprias palavras ao rei Creonte:"Nem eu supunha que tuas ordens tivessem o poder se superar as leis não-escritas, perenes, dos deuses, visto que és mortal. Poís, elas não são de ontem, nem de hoje, mas são sempre vivas, nem se sabe quando surgiram. Por isso, não pretendo, por temor ás decisões de algum homem, expor-me á sentença divina" (pg.36). A desobediência de Antígona expressava uma ação contra o poder de Creonte, contra as leis do Estado, contra o próprio dierito soberano. Estas palavras de Antígona, nos remonta na história humana, a coragem, a força, a ousadia e a fidelidade de grandes mulheres que como ela, não se deixaram levar por uma lei de um soberano, para ilustrar citarei apenas duas dessas mulheres, Ester e Judite, figuras ímpares no contexto bíblico do Antigo Testamento: Ester é conhecida pelo célebre episódio do decretado morticínio dos judeus pelo rei Assuero, mas devido a coragem e a intervenção de Ester junto ao rei, este revoga o seu edito e decreta a libertação de seu povo judeu. Em Judite temos a sua força e coragem ao enfrentar Holofernes, general do rei Nabucodonosor, em prol da libertação de seu povo contra a tirania do rei, ao poder descomensurado de um senhor general é fragmentado e derrubado pela coragem de uma mulher judia, que é fiel a sua lei divina e ao seu Deus. Tanto em Judite, como em Ester e em Antígona, temos em comum a coragem dessas mulheres de lutar contra poderes opressores de reis e soberanos e serem fiéis as suas leis e crenças divinas. A figura dessas mulheres, junto com a atitude de Antígona, nos leva a uma profunda reflexão filosófica sobre o papel da mulher numa sociedade machista e o espaço que ao longo dos tempos ela vem conquistando com garra e determinação nessa mesma sociedade, infelizmente que em alguns setores e camadas a imagem da mulher continua sendo ligada como um objeto de prazer e consumo e que o devido respeito e reconhecimento que lhes devem ser considerados e resgatados estão ainda tão longe de acontecer. A obra de Sófocles, Antígona, nos proporciona a fazer inúmeras leituras e reflexões de temas de grandes envergaduras como a moral, a lei, a tirania, a política e muito mais, no entanto, nenhum deles envolve tanto debate e discussão quando está envolvida a figura da mulher como protagonista e senhora de sua história e esta discusão ainda faz parte do presente na análise de vários pensadores e críticos da filosofia e também da própria história.