sábado, 30 de agosto de 2008

Relatório da aplicabilidade do material didático desenvolvido no primeiro semestre de 2008

Dioni Gonçalves Ferreira Mangela[1]
Jone Dário Rodriguês da Cunha[2]
Rosana Paula Agostinho de Arruda[3]
Wanderllita Hirtt Pott[4]
Yuri Portmann Tomaxek[5]

O presente relatório tem por objetivo demonstrar de forma clara e objetiva os resultados alcançados na aplicabilidade do material desenvolvido sobre no primeiro semestre do ano de 2008. Esse material, intitulado: O que é Sofia?, que aborda os seguintes temas: Educação, Solidariedade, Justiça, Liberdade e Ética nos remetem aos valores que compõem a vida do ser humano em sua totalidade, formando assim seu caráter, sua personalidade, possibilitando esse cidadão do futuro a contribuir de forma significativa para a construção de uma sociedade mais justa e solidaria para com os seus indivíduos. Ao ser trabalhado, esse material foi pensado pelos seus idealizadores para o público jovem e adulto, a fim de promover em sua aplicação uma consciência crítica dos temas abordados acima. Nesse sentido o material tem a intenção de instigar o receptor a um pensamento a respeito de si que constantemente se apresenta no ambiente desses valores, sejam em seus momentos sociais, profissionais, religiosos, entre outros.
Diante de uma breve apresentação do material produzido, podemos em um segundo momento apresentar a Instituição na qual foi apresentado, os seus receptores e as conseqüências alcançadas na elaboração da prática dos temas abordados como sendo de suma importância para o desenvolvimento da pessoa em seus aspectos sociais, comportamentais e éticos. O material foi aplicado a dois públicos diferentes, porém compartilham da mesma realidade e do mesmo objetivo dentro da instituição. O local foi à Escola Rural Municipal São João, localizado a Rua Orlando Ceccon, 107, Bairro São João em Colombo.
Essa escola é composta na sua maioria por pessoas carentes de ensino e de outras necessidades que compõem o homem em sua integridade. O primeiro grupo é composto de jovens que estão em exercício catequético e o segundo grupo é formado pelos catequistas desses jovens. A carência de ensino encontrada na região, não desqualifica a capacidade dos presentes alunos, pois, os mesmos se encontram com docente que os motivam a novos horizontes. Estes poderão tornar-se motivados ao descobrirem novas possibilidades em suas vidas que provém dos estudos. É visível a curiosidade dos alunos, podendo então os professores aproveitar-se desses estímulos para orientá-los a novos caminhos em suas vidas.
O material em forma de vídeo, caderno de atividades e exercícios práticos a respeito dos temas trabalhados foi bem recebidos pelos dois públicos, pois, em um primeiro momento surgiu curiosidade o que haveria de ser aquele material, e qual seria a sua finalidade para aquela realidade. Nesse sentido foi apresentado o vídeo no qual seus idealizadores apresentavam de forma clara e objetiva os temas propostos, em um segundo momento houve de forma participativa um diálogo a respeito dos temas. Esse diálogo foi significativo no que se refere aos exemplos do cotidiano que foi apresentado como forma de colocar em prática os valores ressaltados, como Educação, Justiça, e Liberdade, ou seja, o principal questionamento proposto tanto para o primeiro grupo, quanto para o segundo foi o de como trabalhar com situações simples do dia a dia aplicando a elas esses valores que postula um cidadão comprometido com a sociedade em que vive.
Diante dessa conscientização, foi aplicado em um terceiro momento atividades e exercícios que tinham a finalidade de obter um resultado concreto do que foi apresentado. Ao analisarmos esses exercícios, notamos que o objetivo proposto foi atingido de forma significativa, pois, em sua maioria as pessoas elogiaram o trabalho. Um quarto momento foi composto de uma confraternização com os alunos. Foi oferecido um Coofbreak a fim de promover na prática esses valores que foram estudos na aplicabilidade desse material, a fim de promover relações de amizade, de alegria para com as vidas desses jovens que contribuíram com o nosso trabalho e que ao contribuir aprenderam novos conteúdos que lhe serão úteis no futuro.
O trabalho apresentou satisfatórios resultados, tanto para os seus receptores, quanto para os que aplicaram, pois, ao exercer esse trabalho de forma tranqüila e segura, houve uma aprendizagem no que se refere aos valores que compõem a vida em sua totalidade. Os idealizadores aprenderam a valorizar a vida, seja em qual condição social, econômica ou religiosa que ela esteja, e os alunos aprenderam valores que futuramente poderão aplicar em suas vidas, formando assim uma sociedade mais justa e solidária para com todos.





[1] Graduando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
[2] Graduando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
[3] Graduanda em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
[4] Graduanda em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
[5] Graduando em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
RELATÓRIO DO VÍDEO – INDIVIDUAL – Jone Dário


O Presente relatório juntamente com a produção do vídeo que o grupo Homero Produções apresentou para um público de adolescentes de 14 anos e para suas Catequistas, realizado numa escola da Comunidade local no Município de Colombo, foi fruto de um trabalho árduo e ao mesmo tempo gratificante, pois, os resultados obtidos refletem aquilo que sempre em sala de aula pautamos: que no exercício de filosofar, estamos aprendendo constantemente com o outro e que nunca sabemos de tudo ou temos respostas para tudo, é preciso perder-se a si mesmo como nos fala Nietzsche na arte da vocação formativa da filosofia: “ Uma vez que se tenha encontrado a si mesmo, é preciso saber, de tempo em tempo, perder-se e depois reencontrar-se, pressuposto que se seja um pensador” ( Nietzsche, 1978, p.50).
Perder esse si mesmo, que fala Nietzsche, é perder esse ego preso ao cotidiano histórico para alcançar esse homem que está em constante transformação, criação intencional de si. É com esse aprendizado do perder-se a si mesmo, que a experiência pela qual participei, foi gratificante do ponto de vista pedagógico, metodológico e relacional.
Pedagógico, pois, tive a oportunidade de aplicar um pouco daquilo que aprendemos com os professores, saber escutar o outro, suas histórias, sua própria vida. Metodológico, pois, a metodologia aprendida em sala de aula, não nos faz reféns a um modelo estático e ser flexível ao ambiente em que estamos nos proporciona aprender sempre mais e Relacional, pois, estar com o outro, nos renova ainda mais o velho conceito de querer tentar moldar o outro segundo os nossos critérios e pensamentos.
A aplicabilidade do material didático que projetamos e realizamos no primeiro semestre e nos deu a oportunidade de executá-lo nesse semestre, foi uma prova onde percebi e senti que o outro necessita ser ouvido e ele demonstra essa necessidade de falar, falar de sua história, seu aprendizado, filosofia no dia-a-dia, pois, em suas falas demonstraram de maneira simples sua filosofia própria, a qual é uma constituição de sua personalidade e de suas ações. Os adolescentes e as Catequistas, souberam, para mim, como viver a que Ética, Solidariedade, Justiça, Educação e a Liberdade, temas do nosso trabalho em vídeo e presente no caderno de atividades, estão pertinentes nas suas vidas: no Trabalho, na Comunidade, na Família, na relação com o outro. E tudo isso tendo como objetivo ajudar o outro a crescer, como cidadão e como ser humano, para a construção de uma Sociedade mais humana. Senti-me feliz por aquilo que pude contribuir e aprender na relação com os adolescentes e as Catequistas, pois, cada um deles mostrou sua autenticidade e transparência no quesito, exercitar a filosofia.
Como conclusão, finalizo com este pensamento de Nietzsche acerca do conhecer e saber as coisas, que quando achamos que sabemos de tudo, é preciso nos despedir por um tempo, assim nos fala o Filósofo alemão:
“ Quando é preciso despedir-se – daquilo que sabes conhecer e medir, é preciso que te despeças, pelo menos por um tempo” ( Nietzsche, 1978, p.50)