TEXTO: Filósofos, Os Terapeutas e a Cura
Grupo: Homero Produções
Componentes:Dioni, Yuri, Rosana Agostinho, Wanderlita, Jone Dário
.
Organizado pelo Dr. Daniel Omar Perez, atualmente professor da PUC, o livro foi publicado pela editora Escuta (1º Ed.2007), vem abordar a questão da cura por meio de uma terapia filosófica. Há 2500anos os filósofos no exercício do pensamento e reflexão, buscavam se recriar a si mesmo como figuras singulares, no propósito de renovarem suas energias ao mesmo tempo registraram os usos das mais variadas medicinas contra uma série de males, como por exemplo, a depressão, a angústia, a impotência com objetivo de alcançar o prazer, a felicidade e o autocontrole. No entanto, vemos que no decorrer da história a palavra filosofia sempre ou quase sempre esteve ligada a imagem do professor que se debruça sobre os livros e é adepto das bibliotecas, constituindo assim o seu universo de leituras e buscando inúmeros questionamentos a respeito da vida e da existência.
Nessa dimensão cronológica da história podemos perceber os inúmeros estilos de Filósofos que a própria Filosofia já produziu: Jean-Paul Sartre,o revolucionário, Santo Agostinho, o contemplativo, Martin Heidegger, o conservador, Immanuel Kant, o extemporâneo, Karl Marx, o profético e Nietzsche, o iconoclasta - o destruidor e crítico da Moral. Tendo por base alguns desses estilos filosóficos, percebemos que o filósofo em sua constante busca de si mesmo, nunca abandonou o ofício de artesão da sua própria existência, de artífice de sua vida e terapeuta de si mesmo. E dentro dessa perspectiva a prática da filosofia, antecedendo o exercício do comentador, ela define-se como a criação de um modo de ser e sua pedagogia consistia em propiciar as condições da descoberta do próprio caminho em vez de indicar qual seria o resultado correto para cada ação.
Para alcançar a cura, alguns modelos nos são apresentados através da filosofia e eles são de grande significado e importância: Temos Pitágoras o pai da matemática e o criador de uma “pedagogia terapêutica”, o estilo pitagórico consistia em fazer exercícios físicos e espirituais. Os cínicos se destacavam por levarem uma vida sem protocolos, voltada para si mesmos e sua marca consistia na autenticidade e na prática da ataraxia- exercício para alcançar um estado de placidez, tranqüilidade, em suma, nos cínicos a sua cura estava em viver uma vida de cachorro sem dono, que come aqui, dormi ali e late quando se sente ameaçado para se defender. Outro estilo de cura encontramos em Hipócrates, o pai da medicina que declarava existir dois tipos de tratamento: uma para os escravos,a medicina reparatória e a dos homens livres,a medicina preventiva. Em Epicuro temos outra fonte de cura e esse estilo de vida estava baseado na diminuição da dor, pois, eliminar o sofrimento da vida era inviável e o tratamento estava voltado a via da verdade. Os cristãos e judeus, representam outro estilo de cura que baseava-se na renúncia da vida mundana para alcançar a cura eterna e sua medicina cuidava não apenas do corpo, mas, da psique, nesta residia as mais terríveis doenças difíceis de curar. Em Rosseau, encontramos outro estilo de cura e este nos propõe a retomada da máxima “conhece-te a ti mesmo”, mostrando aqui o paradoxo que á medida e á força de estudar o homem torna-se sempre mais incapaz de conhecê-lo, para ele a maneira simples, uniforme e solitária de viver está prescrita pela natureza e concebe a medicina como um saber útil para os nossos sentidos. Vemos, portanto que em todas essas abordagens compreendemos que o exercício filosófico está pautado por uma ética não só medicinal, mas essencialmente, filosófica.
Um comentário:
Ficou bem explanado o conteúdo da introdução do livro, você e teu grupo não deixaram de tocar em nenhum ponto e ainda conseguiram costurar bem as idéias resumidas.
Postar um comentário